R PAMPLONA

A história desta rua teve início nas últimas décadas do século XIX. Naquela época, José Coelho Pamplona, Visconde de Porto Martim, adquiriu duas glebas da antiga "Chácara do Capão", de propriedade de Mariano Antonio Vieira desde 05 de abril de 1880. Na primeira gleba, foram abertas as ruas Luís Coelho, Matias Aires, Antonio Carlos e transversais. Na segunda gleba, menor que a primeira, foi aberta a "Rua Pamplona". Em finais do século XIX, conforme mostra o mapa da cidade de 1897, o trecho da Rua Pamplona situado na Bela Vista era ainda um caminho tortuoso remanescente das trilhas internas da chácara. Nessa mesma época, a parte urbanizada resumia-se à Alameda São Carlos do Pinhal até as proximidades da atual Alameda Jaú. Nesse trecho, ela recebia o nome de "Alameda Rio Claro". Posteriormente, houve a interligação dos dois trechos (o da Bela Vista com a do Jardim Paulista) e prevaleceu a denominação "Pamplona", oficializado através do Ato nº 972 de 1916. JOSÉ COELHO PAMPLONA, Visconde de Porto Martim, nasceu em Portugal aos 24 de abril de 1843, sendo filho de José Coelho Pamplona (pai e filho tinham o mesmo nome) e de D. Francisca Lauriana. Em 1855 ele já estava no Rio de Janeiro na companhia de seus dois meios-irmãos, Manoel Paim Pamplona e José Paim Pamplona. Casou-se com a sobrinha, D. Maria Vieira Paim Pamplona, filha de Manoel Paim Pamplona. Por volta de 1874, o casal veio para São Paulo. Comerciante e grande empresário, J. C. Pamplona fundou e foi proprietário de uma fábrica de sabão. Filantropo, muito auxiliou o hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo, instituição da qual foi presidente nos anos de 1892-1894, 1902, 1904 e 1905. Tal foi a intensidade de sua atuação que, em 1898, foi-lhe prestada uma homenagem com a inauguração de seu retrato na galeria dos benfeitores e beneméritos daquela sociedade. Recebeu o título de Visconde em 24 de agosto de 1905 pelo rei D. Carlos de Portugal. Faleceu em São Paulo no dia 28 de junho de 1906 e foi sepultado no cemitério da Consolação.
Fonte: Mota, Valdemar - "O Visconde de Porto Martim", Instituto Açoriano de Cultura, 1978. Vieira, Antonio Paim - "Chácara do Capão", In "Revista do Arquivo Municipal", Vol. CXVIII, S.P., Departamento de Cultura, 1952. Nome oficializado pelo Ato 972 de 24 de agosto de 1916.

Começa na Rua Itapeva e termina na Rua Estados Unidos.

Fonte: Dic.Ruas