R FREI MARIANO DE BAGNAIA

Frei franciscano foi batizado por nome Saturnino, na localidade de Bagnaia, província de Viterbo, Itália. Vocacionado aos 15 anos, optou pela vida religiosa e entrou para a Ordem dos Capuchinhos, onde concluiu os estudos em Teologia, Filosofia e Letras. Adotou nome religioso de Mariano de Bagnaia, requerendo autorização da Ordem para integrar o quadro de Missionários Estrangeiros. Chegou ao Brasil, Rio de Janeiro, em 1847 e, desde logo ensejou vida missionária de catequização indígena, na região compreendida entre os Rios Tietê e Paranapanema, durante o governo de Antônio Queiroz na Província - no atual estado do Mato Grosso -, primeiro Cuiabá, depois Diamantino, antes de partir para a aldeia dos Kinikinos, futura Vila do Bom Conselho, na região do Baixo Paraguai. Com a declaração de guerra do Paraguai contra o Brasil, em 1864, a tropa de Solano Lopez, na região, encontra frei Mariano em Miranda como vigário, e com jurisdição sobre todo o sul circunvizinho. Mariano resiste à invasão e é preso, torturado e conduzido para o presídio de Niasc, Paraguai. Passou por diversas prisões paraguaias. A derrota paraguaia, na batalha de Lomas Valentinas, fez com que Lopez ordenasse matança diária de prisioneiros, inclusive religiosos. Mariano foi conduzido para Parrero Grande, para execução. Soldados brasileiros se encontraram com aquela ala do exército rival, dando inicio a um inesperado combate, facilitando a fuga do frei, que se lançou em águas do rio Apa. Foi salvo por um soldado aliado. Abalado pela guerra, retomou suas atividades em Corumbá, como herói de guerra e com a nomeação de Pregador Imperial e honras de Major do Exército Brasileiro. Confuso mentalmente, perseguido pelas visões noturnas e os terríveis lamentos dos tantos torturados de guerra que presenciara, o frei quando de passagem por São Pedro do Turvo não resistiu às tentações que o acusavam indigno de viver, enquanto seus discípulos e companheiros de fé sofreram o martírio, quis ir ao encontro deles e, num momento de forte desespero, suicidou-se cortando com uma navalha a carótide.

Fonte: EGAS, Eugênio. Galeria dos Presidentes de São Paulo - 1822-1889. São Paulo: Secção de Obras do Estado de São Paulo, 1926, vol. I, p. 671; http://historiaparanapanema.blogspot.com/2009/12/razias-o-desditado-frei-mariano-bagnaia.html; http://www.ifch.unicamp.br/ihb/Textos/VVargas.pdf

Nome retirado do Banco de Nomes SEAHB/CASE.

Começa na Avenida São Miguel e termina na Rua Rosa Mendes, situando-se entre as Ruas Abdon Milanes e Dr. Saul Camargo Neves. Setor: 110 - Quadras: 246 e 249.

Nomes anteriores: Rua "3"

Fonte: Dic.Ruas