R DR LAUDELINO DE ABREU

O Dr. Laudelino de Abreu, uma das figuras de maior relevo da Polícia, nasceu em Barra Mansa município de Jaú em 18 de outubro de 1894. Depois dos primeiros estudos naquela cidade, entrou em 1915, na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1919, em uma das mais ilustres turmas daquele instituto de ensino superior. Seguindo sua vocação, em 03 de março de 1920 ingressou na carreira policial, Novo Horizonte foi a sua primeira Delegacia. Competente e eficiente, dotado de uma grande capacidade de trabalho, por merecimento foi conquistando os diversos postos. Em 1930, atingiu o topo da carreira, conquistou o cargo de delegado auxiliar. Rigorosíssimo no cumprimento de seus deveres e muito honesto, foi considerado o delegado mais enérgico e um dos mais capazes da Polícia Paulista. Pela sua severidade e pela regidez de seus princípios, que beiravam as vezes ao ascetismo, era sempre o escolhido para as missões especiais, quando se precisava assegurar a ordem pública ou quando se pretendia moralizar qualquer repartição policial. Dedicou-se exclusivamente a carreira que escolheu, jamais se envolveu, ou se deixou envolver na política partidária, não aceitando injunções de qualquer natureza no exercício de suas funções, nem chegar ao acordo com os poderosos do dia. Em 1930, a revolução triunfante o encontrou na defesa da autoridade constituída, como delegado. Embora apolítico, foi vítima da exaltação revolucionária e afastado de seu cargo. Durante três anos exerceu a advocacia no Interior do Estado. Em 1934, o governador Armando Sales Oliveira, ciente da injustiça sofrida pelo Dr. Laudelino de Abreu, o reintegrou em seu cargo, com todas as vantagens, mandando ainda indenizá-lo dos prejuízos que lhe causara a exaltação de alguns irresponsáveis nos dias que se sucederam a vitória de outubro de 1930. Como delegado auxiliar, o mais alto cargo da Polícia Civil Paulista, foi titular da Primeira, da Terceira, da Sexta e da Oitava Divisão Policial, tendo em várias oportunidades, respondido pelo expediente de outras divisões e repartições, entre as quais; a DST, onde realizou escandaloso inquerito administrativo. Fez parte do Conselho da Polícia Civil e durante muitos anos foi professor da Escola de Polícia, regendo a cadeira de Organização Policial. Várias missões difíceis lhe foram confiadas, em caráter especial, entre elas o inquérito sobre o caso do presídeo Maria Zelia. Também foi ele quem presidiu o inquérito instaurado sobre a chacina de estudantes no Largo de São Francisco, em 9 de novembro de 1943, que apurou as responsabilidades dos mandantes e agentes da chacina, entregou concluído e pronto para remessa ao forum criminal, ao secretário da Segurança da época. Este inquérito de nada resultou, em pleno Estado Novo. Este fato não atemorizou, os culpados apontados pelo delegado, eram prepostos do ditador. Em 1955, o governador do Estado chegou a cogitar seu nome para a pasta da Segurança Pública, incumbêmcia honrosa que não pode aceitar, pois já se sentia cansado. Ao aposentar-se recebeu do governo do Estado o título de Servidor Emérito, pelos relevantes serviços prestados ao longo de sua carreira. Faleceu em São Paulo - Capital, em 22 de março de 1962.

Começa na Rua Professor José Geraldo de Lima e Termina na Linha de Transmissão da Light. Fica entre a Estrada do Rio Pequeno e a Rua Existente. Jardim Esmeralda.

Nomes anteriores: Rua "23"

Fonte: Dic.Ruas