PC PROF MELLO E SOUZA

Júlio César de Mello e Souza, Malba Tahan, nasceu em 04 de maio de 1895, no Rio de Janeiro. Passou sua infância pobre na cidade de Queluz, no Estado de São Paulo, onde cursou o primário. Em 1906 ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro, do qual se afastou três anos depois por dificuldades financeiras. Transferiu-se, depois, para o Colégio Pedro II, onde concluiu o ginásio. Em seguida fez o curso de formação de professores, na antiga Escola Normal do Distrito Federal, atual Instituto de Educação. Posteriormente matriculou-se na antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro, formando-se Engenheiro Civil, profissão que nunca chegou a exercer. Foi professor dos Colégios particulares e religiosos e lecionou durante 40 anos no Instituto de Educação e na Escola do antigo Serviço de Assistência aos Menores - SAM. Durante 12 anos foi professor catedrático do Colégio Pedro II e, em 1926, foi nomeado professor catedrático da antiga Universidade do Brasil, Escola Nacional de Belas Artes, transferindo-se mais tarde para a Faculdade Nacional de Arquitetura. Malba Tahan introduziu jogos e recreação no ensino da Matemática e chegou a afirmar que os professores de Matemática estavam 50 anos atrasados: - "Pois continuam usando apenas a saliva e o quadro-negro". Ao todo possui 103 obras publicadas, a maioria sobre Matemática e as outras sobre histórias orientais. Uma das mais famosas é "O Homem que Calculava", traduzida para o espanhol e o italiano. "A Pequenina Luz" e "Maktub" foram transformadas em peças teatrias, mas a sua obra preferida era "A Sombra do Arco-Íris". Colaborou em dezenas de jornais e revistas e fundou a revista "Damião", dedicada à causa de reajustamento social dos leprosos. Foi condecorado pela Associação Brasileira de Amparo aos Leprosos, com a Ordem do Mérito de Damião. Do governo sírio, recebeu a Ordem do Mérito Nacional. Era também membro da Academia Carioca de Letras. Entre as dezenas de obras que Malba Tahan escreveu sobre Matemática, citam-se: "O Problema das Definições em Matemática", "A Lógica em Matemática", "Problemas Célebres e Curiosos da Matemática", "Contos e Lendas da Matemática" e "História da Matemática". Escreveu ainda várias obras sobre Matemática em colaboração com Cecil Thiré e Irene de Albuquerque. Entre seus contos orientais destaca-se: "Maktub", "O Homem que Calculava", "Lendas do Deserto", "Lendas dos Oásis", "Contos de Malba Tahan", "Amor de Beduíno", "Alma do Oriente", "O Livro de Aladim" e "Céu de Allah". Para esclarecer dúvidas e polêmicas envolvendo sua verdadeira identidade mandou imprimir um cartão explicando as origens do seu pseudônimo: segundo o poeta libanês Assad Bittar, de São Paulo, Malba - um oásis do Iemen - designa a raiz de uma planta pertencente a família das marantáceas, a mesma da araruta; Tahan (ta-rram) significa, também na língua árabe, moleiro, isto é, o que prepara o trigo. Segundo o próprio Malba Tahan, o pseudônimo equivale a "moleiro do Malba". Por determinação do presidente Getúlio Vargas, o pseudônimo também constava de sua carteira de identidade. Faleceu em 18 de junho de 1974.

Fica entre as Ruas Trasybulo Pinheiro de Albuquerque, José Varela, Santana do Parnaíba, 15 e Avenida Marginal conhecida como Avenida Atlântica. Interlagos. 1ª Secção. Setor: 92.

Nomes anteriores: Praça 4

Fonte: Dic.Ruas