PC CEL FERNANDO PRESTES

Os primórdios desta praça podem ser encontrados no ano de 1838, época em que teve início a construção da antiga "Casa de Correção". Utilizando uma área contígua ao Jardim da Luz, com frente para a atual Avenida Tiradentes, o governo da Província destacou um grande lote para o edifício, bem como uma área no seu quadrante norte que, permanecendo desocupada durante um bom tempo, passou a ser mais utilizada a partir de 1852, ano da inauguração do presídio. Entre as décadas de 1870 e 1880, os antigos mapas da cidade mostram que a área desta praça permanecia ainda como quem um "quintal" do presídio, não obstante a construção de algumas residências no seu lado oposto, uma em especial bastante suntuosa pertencente ao Marquês de Três Rios. Nessa mesma época, deu-se a abertura do primeiro trecho da atual Rua Três Rios que, durante um curto período, chamou-se "Rua Dulley". Tendo em vista este desenvolvimento, no dia 22 de abril de 1883 o vereador Manoel Antonio Dutra Rodrigues faria a seguinte sugestão que foi aprovada: Indico que a praça situada atrás do edifício da Correção seja denominada "Praça do Visconde Congonhas do Campo". Este, portanto, foi o primeiro nome do logradouro, uma homenagem a Lucas Antonio Monteiro de Barros (1765-1851), que havia ocupado o cargo de Presidente da Província de São Paulo. Em 1892, a praça não estava em boas condições, fato este que chamou a atenção do vereador Eduardo Chaves, motivando a seguinte reclamação: "Indico que esta Intendência mande com urgência illuminar o largo Visconde de Congonhas que, pelo esquecimento e trevas em que vive, tem sido até hoje verdadeiro depósito de lixo." Dois anos mais tarde, em 1894, instalava-se justamente no solar do Marquês de Três Rios a Escola Politécnica, época em que a praça foi utilizada por alunos e professores da Escola de Agronomia daquela instituição como uma área para experimentos agrícolas. Tal uso permaneceu até 1904, época em que se deu a transferência da então "Escola Prática de Pomologia" para o Parque da Água Branca que esteve aberta até 1911. Com a transferência do curso de pomologia, permaneceram os canteiros experimentais, na praça, e isto até finais da década de 1938 quando, então, promoveu-se a sua reurbanização. Após essas obras, ninguém mais se lembrava da antiga "Praça Visconde Congonhas do Campo".
Biografia: Fernando Prestes de Albuquerque nasceu no município de Itapetininga, na vila denominada Espírito Santo da Boa Vista (hoje pertencente à Angatuba), aos 26/06/1855 e faleceu aos 24/10/1937. Fez seus primeiros estudos em Itapetininga e após em Campo Largo de Sorocaba e São Paulo. Regressando a Itapetininga, dedicou-se à lavoura e, mais tarde à advocacia. Republicano histórico, ainda em sua cidade natal foi um grande defensor da libertação dos escravos. Instalado o novo regime, fez parte do governo provisório de Itapetininga e, em 1893, prestou relevantes serviços à causa da legalidade, comandando as forças no setor sul do Estado. Por sua ação, recebeu da Presidência da República, a patente de Coronel. Na parte legislativa, foi deputado estadual, deputado federal, senador estadual, vice-presidente e depois presidente do Estado de São Paulo no período de 10/11/1898 a 01/05/1900. Seu filho, Júlio Prestes de Albuquerque, também foi eleito governador do Estado e, em 1930, presidente da República, mas não tomou posse por conta da eclosão da Revolução de 1930. Fernando Prestes de Albuquerque faleceu em São Paulo no dia 24 de outubro de 1937 e foi sepultado em Itapetininga.

Fonte: acervo do Arquivo Histórico de São Paulo e texto de Mauro M. Leonel, Câmara Municipal de Itapetininga, 2005, Solenidades em comemoração pelos 150 anos de nascimento do Cel. Fernando Prestes de Albuquerque.

Logradouro oficializado através do ATO Nº 1.572, de 05 de abril de 1939.
Nome anterior do logradouro: Praça ou Largo Visconde Congonhas do Campo.
CODLOG: 07.048-3

Fica entre as Ruas Afonso Pena e Avenida Tiradentes.

Nomes anteriores: Praça ou Largo Visconde Congonhas do Campo

Fonte: Dic.Ruas