AL JOAQUIM EUGENIO DE LIMA

Joaquim Eugênio de Lima nasceu em Montevidéu, no Uruguai, no dia 6 de setembro de 1845, filho de Joaquim Miguel Pereira Lima e de d. Maria Polonia Rios de Lima. Na juventude foi para a Alemanha onde estudou agronomia. De volta ao Brasil percorreu algumas províncias e em 1865, aos 20 anos de idade, já se encontrava em São Paulo atuando no comércio como sócio de Francisco de Oliveira Marques em um armazém no bairro da Luz. Desfeita essa sociedade, no ano seguinte Joaquim Eugênio de Lima montou seu próprio armazém de secos e molhados na Ladeira do Piques (hoje Largo da Memória), ao lado do Anhangabaú. Por essa mesma época, ou a 14 de agosto de 1866, ele realiza um de seus primeiros empreendimentos imobiliários num ramo que, mais tarde, lhe daria fama. Naquela ocasião ele solicitou à Câmara Municipal de São Paulo a concessão de um terreno nas imediações do Cemitério da Consolação pelo qual pagou a quantia de 100$000 (cem mil réis). Um ano depois, ele revendeu o mesmo lote à Câmara pela quantia de 200$000 (duzentos mil réis) com a alegação de que fizera algumas melhorias no dito terreno. O negócio foi aceito. Já plenamente integrado na cidade, Joaquim Eugênio de Lima casou-se com a paulistana Margarida Joaquina Alvares de Toledo, ela filha de Pulquéria Maria da Anunciação e de pai incógnito. A cerimônia foi realizada na casa de Joaquim Eugênio de Lima no dia 10 de outubro de 1868. Na ocasião, a noiva estava com 17 anos de idade. Expandindo sua atuação, Eugênio de Lima esteve envolvido também, entre 1869 a 1873, com o comércio de gado para a produção de carne. Por essa mesma época fundou um jornal chamado “Omnibus” que circulou pela primeira vez no dia 21 de novembro de 1872, posteriormente editou também o jornal “Cidade de São Paulo”, em 1891. No dia 29 de julho de 1872 nasceu sua primeira filha que se chamou Maria Eugênia, que foi batizada na Sé no dia 14/08/1872. Joaquim Eugênio de Lima teria ainda mais 10 filhos a saber: Eugênio de Lima (deputado estadual), casado com Lydia de Barros Franco; Joaquim Eugênio de Lima Júnior, José de Lima, Heitor de Lima, Ana Cândida Álvares de Lima, Margarida, Irene, Mercedes, Evangelina de Lima, casada com Soter Carlos de Araújo e Noêmia de Lima. Pelos idos de 1876, Joaquim Eugênio de Lima era proprietário de uma fazenda em Mogi das Cruzes chamada “Morro Alto”, próxima da Estação do Rio Grande, onde mantinha uma serraria. Ao mesmo tempo, abriu um depósito de madeiras e materiais para construção nas proximidades da Estação da Luz onde vendia, além da madeira, também tijolos, telhas, cimento, ladrilhos etc.

Não obstante o sucesso que obteve na indústria e no comércio, Joaquim Eugênio de Lima alcançaria outro patamar como empresário a partir de 1875, ocasião em que faleceu o cônego Fidelis Alves Sigmaringa de Moares. Cônego da Sé e professor de retórica da Faculdade de Direito, o cônego era também proprietário de uma grande chácara nos arredores da cidade localizada entre o bairro da Liberdade e o Cambuci, a qual chamavam de “Chácara do Fidélis”. Conforme consta em testamento, o cônego Fidelis criou três meninas: Placidinia Alvares de Toledo, mais tarde casada com Felismino Vieira Cordeiro; Maria Antonia Alvares de Toledo, casada com Paulo Dias de Azevedo; e Margarida Joaquina Alvares de Toledo, ela casada com Joaquim Eugênio de Lima. Nessa condição, Joaquim Eugênio de Lima passa a ser um dos herdeiros do cônego, tomando parte, inclusive, na chácara. E foi justamente nessa condição que, entre 1878 e 1879, Joaquim Eugênio de Lima loteia parte dessa propriedade, e abre uma nova rua à qual deu o nome de Rua São Joaquim, o santo de seu nome (veja Rua São Joaquim). A partir dessa experiência, Joaquim Eugênio de Lima passa a atuar cada vez mais no ramo imobiliário a partir de seu escritório localizado no antigo Largo do Rosário nº 3-A, atual Praça Antonio Prado. A partir desse momento, são inúmeros os anúncios publicados nos jornais de São Paulo a respeito da venda de casas e terrenos promovidos pelo escritório de Joaquim Eugênio de Lima. Em 1890, na companhia dos empresários José Borges de Figueiredo e João Augusto Garcia, Joaquim Eugênio de Lima iniciaria uma empreitada que marcaria o seu nome na história da cidade: a abertura da Avenida Paulista. Adquirindo as glebas no entorno, os sócios promovem melhoramentos e no dia 08 de dezembro de 1891 a grande avenida foi inaugurada (veja Avenida Paulista). Joaquim Eugênio de Lima faleceu em São Paulo no dia 13/06/1902 e foi sepultado no cemitério do Santíssimo Sacramento.

Começa na Rua dos Belgas (Distrito Bela Vista) e termina na Rua Estados Unidos (Distrito Jardim Paulista).

Nomes anteriores: Alameda Eugênio de Lima

Fonte: Dic.Ruas